31.10.06

Agradecimento

Pela honra da nova pareceria efetuada, advinda de troca de honrarias e gentilezas própria de pessoas educadas e vivas, pessoas que são sensíveis e têm saudade.
Um abraço, e vejam os links dos nossos parceiros com nossos banners: siga esse exemplo! Faça o mesmo, escreva para nós e veja como participar dessa energia positiva que é a troca de banners e parceria nesse tipo de amizade.

Cara Cris,
banner e link estão já on-line:

1) Na pagina dos principais sites de Macaé http://pinoulivi.com/verpor/maclinks2.htm onde coloquei somente o banner sem apresentação como fiz para todos os outros.

2) Na pagina n.2 dos sites amigos http://pinoulivi.com/verpor/amici2b.htm onde, alem do banner, coloquei também a apresentação
enviada por você. Acrescentei somente "...a minha amiga Cris...." pois a essa altura você é já minha amiga...eh..eh

Estava pensando quer seria bom incluir na pagina do ponto 1) também o banner do "Jornal o Rebate" que porem não foi possível copiar pois é realizado com a tecnica Flash que impede a copia. Se você acha interessante por favor me envie o banner por email.

Naturalmente fiz a mesma coisa na versão italiana.

Obrigado e até!
Abraços
Pino

L'Italia in Brasile
http://pinoulivi.com/

29.10.06

Poeminha para Lara

É uma prosa poética com poesia intercalando, mas é Lara já é um poema...


Lara Avoada (mais muito amada)...

Lara é a minha aluna
Lara é uma figura
Lara é desastrada
Lara é uma piada
Lara é uma menina linda
Lara é só alegria.

Nunca vi Lara sem um sorriso no rosto...

Minha aluna Lara é assim:
Uma alegria sem fim.

Só gostaria que a Lara aprendesse...
Sonho que ela entenda que nem sempre as pessoas tudo têm.
Desejo que ela aprenda, quem sabe comigo, que nem
sempre as pessoas são como nós, e nos dão o que nós daríamos
as outras, e que todos somos diferentes e cheios de defeitos.

Não sou sua mãe, mas como gostaria de ter uma filha assim...
Alegre, sudável, inteligente...
Lara também tem uma irmãzinha maravilhosa que é uma bonequinha.
Lara não é sorriso à toa, ela é feliz!

Mas se ela tem isso tudo,
Por que reclamar, às vezes?
Cobrar tanto às pessoas que não podem dar tanto?
Por que não as entender?

Ela é menina, não sabe ainda muito da vida,
Mas queria que ela soubesse que gosto muito dela,
Esse gostar que só professora tem por aluno, sabe?
Um gostar que não passa a mão só na cabeça,
Também dá bronca quando precisa.

Queria que a Lara fosse amiga,irmã, colega, próxima,
Mas soubesse que sua mãe, é mãe!

Não que não a respeite,
Nossa! Sei que adora!
Mas a Lara, bem como muitos adolescentes, crianças e até adultos,
Esquecem que eles nos fazem tudo,
Se eles erram é porque queriam acertar e fazer o melhor.

Mãe é mãe,
A gente não pode confundir as coisas.
Mãe não é colega - mesmo a gente sendo muito próxima
e ela generosamente nos deixando assim ser -, sim nos trouxe ao mundo.

Lara vai ler isso e vai dizer:
"Ih! Lá vem sermão!"

Não, querida Lara, não é sermão, não?
É tudo vindo do meu coração...
Tudinho mesmo, querendo o seu bem e sua alegria sempre.

Lara é uma menina sabida,
Lara é uma garota astuta,
Lara tira 10, agora sim...
Lara não é cdf, nem nerd, nem bobalhona,
Mas a Lara é minha querida aluna!


Dedico à Lara S. Caumo, e a todas as Larinhas a quem tenho dado aula...

O AI-5 e seus efeitos culturais

28.10.06

Um orgulho de ser professora

Vou publicar aqui e na seção Meio Ambiente, bem como no novo jornal praonde escrevo, que é nosso parceiro (vide nossa capa).

É uma honra publicar o trabalho do Pedro Américo Ferreira e seus colegas da 2ª série do nível médio, do CAP UFRJ e que atingiram nota máxima, veja a seguir:

Cristiana,

estou mandando, como pediu, o trabalho de Biologia no qaul incluímos a sua
entrevista. Por favor, ignore erros de Português ou de formatação, pois apesar
do bom resultado, o trabalho foi feito com pressa. O grupo teve que madrugar...

Mais uma vez, obrigado pela sua contribuição!

Pedro.

I -INTRODUÇÃO

Por que somos assim? Por que somos tão diferentes dos outros animais? Por que nos desenvolvemos de maneira tão peculiar? Essas são perguntas que a Ciência faz há muito tempo e às quais foram dadas várias respostas ao longo dos tempos por diversos cientistas. Todos esses questionamentos giram em torno da evolução.
Mas o que é evolução?
Evolução é a teoria baseada na idéia de que as espécies animais e vegetais sofrem modificações graduais ao longo das gerações, que levam ao surgimento de raças e espécies novas. Ou seja, fala-se basicamente que animais e vegetais não são imutáveis.
Até o século XVIII, o mundo ocidental aceitava a doutrina do criacionismo, segundo a qual cada espécie, animal ou vegetal, tinha sido criada por ato divino. A partir do XVIII, essa visão começou a ser contestada.
Nesse contexto, surge o francês Jean-Baptiste Lamarck, que foi um dos primeiros a não só negar esse postulado, como a propor um mecanismo pelo qual a evolução se teria verificado. Lamarck observou que fatores ambientais podem modificar certas características dos indivíduos e ele imaginou, a partir disso, que tais modificações se transmitissem à prole. Chegou também a falar que era a necessidade de adaptar-se ao ambiente que fazia surgir nova característica. Em resumo, para ele, o surgimento de uma nova espécie consistia no seguinte: uma certa espécie passa a viver em um ambiente novo, diferente, e este cria necessidades que antes não existiam e como resposta a isso, o organismo desenvolvia as novas características necessárias de forma hereditária.
Com o tempo, viu-se que Lamarck estava certo em relação à constatação de que o ambiente provoca mudanças adaptativas nos indivíduos, mas também viu-se que os aspectos assim desenvolvidos não eram transmitidos à prole. Em 1859, ao publicar a obra “A origem das espécies”, Charles Darwin mostrou a importância da seleção natural na evolução. Darwin partiu da observação de que, dentro de uma espécie, os indivíduos diferem uns dos outros. “Há, portanto, na luta pela existência, uma competição entre indivíduos de capacidades diversas. Os mais bem adaptados são os que deixam maior número de descendentes. Se a prole herda os caracteres vantajosos, os indivíduos bem dotados vão predominando nas gerações sucessivas, enquanto os tipos inferiores vão se extinguindo. Por causa da seleção natural, a espécie se aperfeiçoa de forma gradual” (“Fundamentos da Biologia Moderna”, Amadeus e Martho, Ed. Moderna). Mas o ambiente não deixa de influenciar, pois um caráter que é vantajoso num ambiente pode ser inconveniente em outro. Os estudos de Darwin são essenciais para se compreender como é vista a evolução hoje, mesmo com as mudanças, correções e adições feitas a tais estudos.
Os princípios básicos da teoria da evolução aplicam-se a todas as espécies, incluindo a humana. Por isso, é possível, através de recursos como a anatomia comparada, o estudo dos fósseis e das semelhanças moleculares, saber como se deu a evolução da espécie humana.
O primeiro aspecto a se considerar na evolução humana é o fato, já constatado por Darwin, de que temos uma relação de parentesco evolutivo com os símios. Algumas espécies atuais de macacos e a espécie humana tiveram ancestral comum há 8 milhões de anos.
Os macacos e seres humanos estão na ordem dos primatas, que tem duas subordens: a dos prossímios e a dos antropóides, sendo nesta que se encontra a espécie humana. Mais especificamente, essa subordem abriga uma superfamília, que por sua vez tem os hominídeos (família Hoiminidae), que inclui os seres humanos e seus ancestrais fósseis mais próximos e a família dos pongídeos (família Pongidae), que traz gorilas, chimpanzés e orangotangos. Já é provado cientificamente que há fortes semelhanças genéticas entre seres humanos e gorilas e chimpanzés.
Quanto aos nossos ancestrais hominídeos, pode-se dizer que os hominídeos mais antigos são de 6 a 5 milhões de anos atrás. São os Australopithecus, que tinham postura bípede, ereta ou semi-ereta, com cerca de 1m de altura e de 30 a 45 kg, testa baixa e maxilares proeminentes, e capacidade craniana por volta de 380 a 450 cm3.
Depois deles, vieram os hominídeos chamados Homo habilis, que tinham maxilares e dentes menores e caixa craniana bem maior que os Australopithecus. Usavam ferramentas de pedra lascada para cortar e raspar. Em seguida, há o Homo ergaster e logo depois os neandertais, que tinham corpo atarracado e grande volume craniano (cerca de 1450 cm3) e viviam da caça de frutos, sementes e raízes.
Os cientistas ainda têm dúvidas se os neandertais devem ser vistos como uma espécie diferente dos seres humanos modernos (Homo neanderthalensis) ou então uma raça da espécie Homo sapiens (nesse caso, seria Homo sapiens neanderthalensis).
É aceito hoje entre os cientistas que o Homo sapiens moderno, os seres humanos, surgiram na África, há cerca de 150 mil anos, a partir do Homo ergaster ou do Homo erectus. Esses seres humanos, os antão mais novos hominídeos, se espalharam rapidamente pela África e pela Ásia, indo para a Europa, colonizando por fim a Austrália e as Américas.

II - COMPARAÇÃO ENTRE A MORFOLOGIA DOS HUMANOS E SEUS HÁBITOS

Entende-se morfologia como o estudo da configuração, estrutura externa e desenvolvimento de um órgão ou ser vivo, em escala macroscópica e microscópica. Também pode-se considerar morfologia, por extensão, a forma e a aparência de um organismo vivo. A morfologia do ser humano está diretamente ligada aos seus hábitos, ao seu comportamento, tanto no que diz respeito à alimentação, à fala quanto em relação à cultura propriamente dita.
A morfologia do ser humano vai determinar suas limitações e suas capacidades e só há desenvolvimento cultural a partir da consciência do que se é capaz de se fazer. Afinal, cultura é “o processo pelo qual cada pessoa, individualmente, e a humanidade, como um todo, extraem e acumulam conhecimento a partir das experiências vivenciadas e da reflexão que fazem sobre elas” (“Fundamentos da Biologia Moderna”, Amadeus e Martho, Ed. Moderna).
As nossas características físicas determinam nossas habilidades, que determinam nosso desenvolvimento cultural: A cultura desenvolveu-se passo a passo ao longo de nossa evolução física. Como exemplo da íntima relação entre cultura, comportamento, hábitos e morfologia, basta lembrar que uma das mias ricas fontes de estudo para arqueólogos e cientistas entenderem como viviam e como eram fisicamente nossos antepassados são os desenhos deixados em cavernas, as ferramentas, os vasos, entre outros muitos objetos que revelam como era a vida desses povos primitivos, desde a caça até a religião. E tendo em mãos uma ferramenta de uma certa espécie, por exemplo, é poder saber o que ela podia fazer com as mãos, a capacidade mental dela e conseqüentemente as formas físicas dela.
Então, para entender melhor essa relação, vejamos algumas características anatômicas básicas que são fundamentais para o comportamento humano.
Um aspecto morfológico muito evidente é o tamanho do nosso crânio e, consequentemente, do cérebro. O tamanho do cérebro influencia na inteligência. Como foi dito na introdução, nosso processo evolutivo é marcado pelo crescimento gradual e, no fim, significativo, do crânio, nos diferenciando de nossos parentes primatas. Isso já indica o porquê de termos relações culturais.
O tamanho do cérebro também acarreta um detalhe importante e interessante: a alimentação. A demanda nutricional do cérebro é imensa, sendo destinado a ele uma boa parte do que comemos. A mudança na dieta alimentar foi essencial no processo evolutivo. O cérebro é responsável por 25% do que é produzido no nosso metabolismo. Ou seja, com o crescimento do cérebro, foi-se necessário maior consumo de proteínas, levando a mudanças nos hábitos alimentares até chegarmos ao ser humano atual. Nosso padrão de alimentação, nossas necessidades nutricionais dependem do cérebro. Tem-se aí mais uma relação entre morfologia e hábitos. Vê-se que não é à toa que temos o maior tamanho relativo do cérebro e a mais variada dieta.
Outra característica nossa e, certamente, uma das de maior destaque é o bipedismo, sobre o qual será falado mais profundamente mais tarde nesse trabalho devido à sua importância. Ele fica aqui então como mais um exemplo de como a morfologia se relaciona com comportamento e cultura: ele, aliado à postura ereta, permitiu uma maior capacidade do ser humano de produzir ferramentas, indispensáveis no desenvolvimento da espécie. A anatomia das nossas mãos, a ser também abordada separadamente no trabalho, aparece como uma aliada, já que permite o manejo dessas ferramentas com uma habilidade que os outros primatas não têm, além de contribuir para o desenvolvimento de exercícios artísticos, como pintura e música.
Também há a pele humana como fator essencial para entender nosso comportamento mais dinâmico em relação aos outros animais, especialmente em relação aos nossos parentes primatas. Apesar de termos menos resistência, podemos correr e nos cansamos menos devido ao funcionamento da nossa pele como um sistema de difusão de calor, que dissipa o calor produzido pelo esforço.
As características de nossa face e de nossos olhos são de grande utilidade na intensa vida social do ser humano. Temos, nos olhos, grande exposição da parte branca deles e a evidência de sinalizadores como sobrancelhas e cílios. “Nossos olhos são capazes de comunicar estados sutis da mente, permitindo também ler e interpretar estados emocionais, atitudes e ações eminentes”(http://www.assis.unesp.br/~egalhard/humanev3.htm#TamCer). A face pode ser vista como útil instrumento de comunicação, sinalizador e receptor de respostas, sendo então mais do que adequada para nossa vida social. “Atos complexos de comunicação são característicos de nossa espécie, que apesar de possuir idiomas completamente desenvolvidos, somos também extraordinariamente bem equipados para enviar mensagens não verbais. Concluindo os crânios evidenciam além do aumento do cérebro o desenvolvimento gradual de uma vida social complexa pois a face provê evidência adicional de nossa existência intensamente social” (mesma fonte que citação anterior). E também são importantes para nós a visão estereoscópica e a capacidade de perceber a cor.
Por fim, pode-se destacar mais uma características morfológicas. A garganta modificada para facilitar a fala com uma ampla câmara de ressonância que vocaliza os sons, permitindo-nos falar, uma dos principais diferenciais nossos, redefinindo a comunicação e permitindo a construção de relações sociais.
Há outros aspectos para serem vistos e que certamente exemplificam muito bem a relação morfologia/hábitos.

III - BIPEDISMO E SUAS IMPLICAÇÕES

Uma das diferenças fundamentais entre o ser humano e os demais primatas é a habilidade de caminhar ereto, se locomovendo sobre somente os membros posteriores (bipedismo). Chimpanzés, gorilas, e outros símios não possuem a capacidade de andar sobre os membros inferiores por longo tempo, necessitando do apoio nas mãos.
De fato, na evolução dos hominídeos, a postura bípede constituiu-se como uma característica que apareceu precocemente. O desenvolvimento do bipedismo era uma “pré-adaptação” que permitiu aos descendentes dos Hominídeos sobreviverem à mudança climática há cinco milhões de anos, a qual tornou o clima mais seco, transformando ambientes florestais em Savanas.
Diversas hipóteses foram desenvolvidas associando o bipedismo com a vida nas savanas, como a necessidade de um campo de visão maior para evitar predadores, a liberação dos membros anteriores para a coleta e transposição de alimentos (pois, ao passo que o clima foi se tornando mais árido, surgiram pastos, deixando os alimentos distribuídos mais irregularmente), a construção e utilização de instrumentos, além da necessidade de uma postura que evite com eficiência a incidência de raios solares. Entretanto, “a hipótese mais aceita atualmente é a da eficiência energética, afirmando que a marcha bípede é um modo de locomoção mais eficiente (em termos energéticos) que o quadrupedismo simiesco” (http://scielo.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-827120040000).
Dessa forma, o bipedismo apresenta principalmente como vantagens percorrer com mais eficiência longas distâncias, habitando assim territórios maiores (devido ao fato de o bipedismo ser uma forma de deslocamento mais econômico energeticamente do que o deslocamento sobre quatro membros) e a liberação dos membros superiores para desenvolver diferentes tarefas (recolher e transportar alimentos e filhos, pegar pedras e galhos que podem funcionar como armas, utilizar instrumentos de trabalho etc.).
As vantagens da postura ereta compensariam algumas de suas desvantagens, como maior propensão a varizes, hérnias, entre outros problemas circulatórios, e problemas de coluna. A forma de locomoção sobre dois membros faz com que a coluna vertebral receba uma grande pressão em nossos pés, tornozelos, joelhos e costas (as estruturas que sustentam o peso de todo o corpo acima delas). No decorrer de um único dia, os discos da parte inferior das costas são submetidos a pressões equivalentes a várias toneladas. Assim, durante nossa vida, recebemos o esforço constante que a gravidade impõe a nossos tecidos.
O surgimento de varizes (deformação das veias superficiais), por exemplo, se relaciona principalmente com a posição bípede assumida pelo homem. Devido a essa posição ereta, o sangue que retorna das pernas para alcançar o coração pelas veias, tem que vencer a gravidade e outros obstáculos a este retorno, tornando as veias dos membros inferiores mais sujeitas ao aparecimento das varizes.
A adaptação ao bipedismo e à postura vertical acarretou importantes modificações anatômicas na cabeça, coluna vertebral e membros.

IV – A PERDA DOS PÊLOS CORPORAIS

Seres humanos possuem a capacidade de correr rapidamente curtas distâncias e também podem manter uma velocidade moderada de marcha ou corrida por um longo período. Já primatas quadrúpedes não estão aptos a realizar tal tipo de esforço. Eles cansam depressa, da mesma forma que aquecem rapidamente.
Os humanos possuem tal resistência devida, em parte, à constituição de suas peles. Ao analisar a pele microscopicamente verifica-se o mesmo número de folículos pilosos existentes na pele de um chimpanzé, por exemplo, porém nos seres humanos os pelos são pouco desenvolvidos. Dessa forma, o fato dos humanos possuírem uma pele desnuda, somado à existência de um grande número de glândulas sudoríparas em suas peles faz com que o organismo humano consiga eliminar o calor químico gerado no período de esforço físico. “Sem uma pele eficiente funcionando como um radiador, nossos cérebros aqueceriam depressa demais durante esforço físico com potencialmente conseqüências fatais” (http://www.assis.unesp.br/~egalhard/humanev3.htm).
Pode-se dizer que houve uma redução de pelos na pele objetivando a difusão de calor do corpo em um clima quente na África e durante atividades que produzem calor. No entanto, esta pele com pêlos escassos e grande quantidade de glândulas sudoríparas prejudica a existência de humanos em ambientes mais frios, sendo necessário o uso de fontes de calor (fogo) e mais tarde fazendo uso de formas de revestimento externo para manter a temperatura corporal (vestimentas).

V - A EVOLUÇÃO DAS MÃOS

A liberação das mãos da função locomotora acarretou importantes mudanças nos membros anteriores dos hominídeos.
O polegar da mão humana é mais longo que os dos outros primatas, além disso, é posicionado ligeiramente mais afastado dos outros dedos, ficando em posição oponível, possibilitando assim, uma maior rotação. Dessa forma, nosso polegar pode ser girado contra os outros dedos possibilitando manusear objetos de diversos tamanhos e com a mesma eficiência.
Assim, o fato de possuir um polegar que faz “oposição” ao indicador melhora a capacidade de agarrar diversos objetos. Ao longo da evolução dos primatas, há um aumento da destreza e da precisão manual, chegando ao seu ápice de crescimento nos humanos. Tal habilidade desenvolve a coordenação motora e a capacidade de abstração, de previsão, de imaginação e de criação do cérebro, trazendo avanços intelectuais.


VI - CUIDADO PARENTAL E PROLONGAMENTO DA INFÃNCIA E DA ADOLESCÊNCIA

Os mamíferos em geral apresentam fragilidade ao nascer, por isso precisam dos cuidados e da proteção contra predadores durante um período prolongado.
Tal fragilidade está fundamentalmente associada ao aumento no tamanho de cérebro. Com a adoção da postura bípede, o tamanho da pélvis feminina passa a delimitar o crescimento do crânio. Assim, houve uma diminuição na velocidade de crescimento do cérebro e conclui-se esse desenvolvimento após o nascimento do filhote. Outro fator relacionado ao prolongamento das características juvenis está o “padrão desacelerado de desenvolvimento”. Humanos necessitam de um longo período para amadurecer, por isso dependem por um longo tempo do cuidado parental.
“Chimpanzés amadurecem sexualmente aos 5 anos; seus ossos do crânio se fundem na mesma época e é nesse ponto que ocorre a diminuição drástica da capacidade de aprender coisas novas. Por outro lado os seres humanos amadurecem sexualmente por volta dos12- 14 anos de idade; nossos ossos do crânio se fundem aos 16; e nós continuamos aprendendo ao longo de toda a vida.” (http://www.assis.unesp.br/~egalhard/humanev3.htm)
Como a reprodução dos primatas apresenta um reduzido número de filhotes por nascimentos, além de um importante investimento parental nos filhotes, a manutenção de nossa espécie só se deu, pois o comportamento dos pais conseguiu suprir a grande demanda de cuidados com a prole.
Um dos fatores que podem explicar tal capacidade é a perda dos indicadores de cio na fêmea. O macho via em seus filhotes uma forma de perpetuar seus genes, porém para assegurar a paternidade era preciso que protegessem a fêmea, a qual procriou seus filhos, dos outros machos, para que ele não cuidasse de filhotes de outros. Assim, através da seleção natural à fêmea foi perdendo as características que indicavam seu período fértil, como por exemplo, o inchaço nos lábios vaginais e o cheiro da liberação de hormônios.
Por meio dessa adaptação a fêmea estava sempre pronta para a atividade sexual, assegurando a participação do macho no cuidado da prole. É importante ressaltar que a espécie humana é uma das raras espécies em que o macho apresenta investimento parental direto no filhote.
Somado a isso, o leite pobre da fêmea humana e a constante necessidade de amamentação do filhote levam a uma relação mais profunda entre a mãe e seu filhote.


VII - A INFLUÊNCIA DA SELEÇÃO NATURAL PARA A FORMAÇÃO DA ESPÉCIE HUMANA

Vimos que Charles Darwin revolucionou o pensamento sobre a evolução da vida, baseando-se na teoria da “Seleção Natural”.
Como já foi dito, Darwin observou que um mesmo animal apresentava diferentes características dependendo da região que era encontrado.
Dessa forma, segundo sua teoria, os indivíduos com mais oportunidades de sobreviver seriam os que possuíssem características apropriadas para enfrentar as condições ambientes, assim teriam maior chance de se reproduzir e deixar descendentes férteis.

O raciocínio de Darwin que levou à idéia de seleção natural se baseia nos seguintes idéias:

Os organismos vivos possuem uma grande capacidade de reprodução. Poucos indivíduos, no entanto, chegam à idade de procriação, devido à falta de alimento no mundo. Isso ocorre porque organismos que têm as mesmas necessidades alimentares disputam entre si, para sua sobrevivência e de sua prole. Outra idéia importante é o fato de existir de variações hereditárias dentro de um mesmo grupo. Dessa forma, somente “os mais aptos” sobrevivem e deixam filhos. A sobrevivência e a possibilidade de reprodução dependem das características desses indivíduos, que, por serem hereditárias, serão transmitidas as seus descendentes.

Pela seleção natural, as espécies serão representadas por indivíduos adaptados ao ambiente em que vivem.
Darwin considerava a espécie humana como o resultado, uma conseqüência de um longo processo de evolução, a partir de espécies ancestrais, por ação da seleção do ambiente.
As modificações biológicas como o bipedismo (gerando a libertação da mão e a oposição do polegar), a encefalização, o aumento da capacidade intelectual, a visão em três dimensões (facilitando a caça e a colheita de alimentos), a perda de pêlos, o cuidado com a prole e o prolongamento da infância resultaram de mutações genéticas ambientalmente selecionadas, possibilitando assim que a espécie humana se desenvolva e explore os diferentes ambientes do nosso planeta. Além disso, certamente hoje ainda sofremos com as pressões seletivas do ambiente, porém com o desenvolvimento da medicina, a ação da seleção natural perde força, pois cada vez mais se cria remédios e curas para os mais variados problemas do nosso corpo.



VIII - VIDA EM SOCIEDADE E AUMENTO DA EXPECTATIVA E QUALIDADE DE VIDA

O homem é um ser gregário. Desde o seu surgimento sentiu a necessidade de viver em grupos, a fim de encontrar maior segurança e permitir a divisão de tarefas. Daí surgia a mais primitiva organização social humana, que seguiu seu processo evolutivo atingindo o atual estágio de sofisticação.
A vida em sociedade não é apenas uma maneira vantajosa que os homens encontraram para se organizar, mas também extremamente necessária à nossa sobrevivência. Cada indivíduo nasce com uma habilidade natural, que através das experiências que tem ao longo de sua vida, desenvolve tal habilidade e acaba por se especializar em determinada atividade. Tais habilidades e especializações variam de ser para ser, e daí surge o primeiro aspecto que torna um homem tão dependente de outro: as diferentes pessoas, com seus diferentes talentos, contribuem de formas diferentes para a sociedade, cada uma na área em que apresenta maior aptidão. Dessa forma, são produzidos os alimentos, as roupas, os automóveis, os aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos que são, atualmente, necessários à vida humana. Ou seja, o mercado é o lugar em que as habilidades se concretizam e a “cooperação” da sociedade é construída.
Porém, as necessidades dos homens não se restringem apenas ao campo material, elas englobam as necessidades psicológicas e espirituais também. Todos nós precisamos de afeto, de amor, de carinho, de cuidado. Ninguém é capaz de resistir à solidão, mesmo que a pessoa tenha condições (alimentos, remédios, roupas, etc.) para tal coisa. Interagir com outro indivíduo é fundamental: nós precisamos trocar idéias, precisamos trocar afetos, pois sem esse contato com os outros, seriamos incapazes de nos desenvolver, seriamos incapazes de aprender, até porque ninguém aprende sozinho.
Além disso, a vida em sociedade fomenta o desenvolvimento cultural e a pesquisa científica, que lançam as bases para avanços tecnológicos capazes de promover a melhoria na qualidade de vida. O agrupamento social exige uma adaptação a uma nova realidade (de maior competitividade), o que acaba por exigir também um desenvolvimento humano e cultural com vistas a melhorar a qualidade de vida e conseqüentemente a longevidade.
Como já dito anteriormente, a organização social atual encontra-se em um estágio avançado. Existem poderes que determinam o que se deve e o que não se pode fazer, há um conjunto de leis que devem garantir uma igualdade entre todos os componentes da sociedade. Nos países em que as leis são cumpridas, fiscalizadas de forma correta, a população vive bem, há recursos que possibilitam uma vida longa.

IX - ENTREVISTAS: DIFERENTES VISÕES SOBRE A NOSSA ORIGEM E NOSSA RELAÇÃO COM A NATUREZA

Ao formularmos as perguntas que constituem os questionários a seguir, procuramos, de uma forma simples, reunir as diferentes opiniões de três pessoas (que possuem níveis diferentes de educação) quanto as questão da origem da vida do homem na Terra e a relação deste ser com a natureza. Desta forma, o grupo se preocupou em manter a mesma qualidade e quantidade de conteúdo, porém as perguntas sofreram algumas variações de acordo com as respostas dos entrevistados, que ou nos levaram para um rumo diferente ou despertaram curiosidades que não estavam previstas no roteiro.
Com o objetivo de conseguir passar para o papel todas as idéias e pensamentos transmitidos, decidimos não alterar o tom de conversa pelo qual se deram as entrevistas.

1a entrevista

Nome: Cristiana de Barcellos Passinato
Idade: 32 anos
Sexo: Feminino
Religião: Católica
Profissão: Professora (formada pela UERJ, com habilitação em ensino de Ciências – disciplina ministrada pelo Instituto de Biologia), Técnica (ETFQ-RJ – Maracanã – Curso de Química – especial) e bacharelanda em química (Faculdades Souza Marques), ambientalista voluntária, líder de voluntariado, ledora do Instituto Benjamin Constant (matemática, nível fundamental; química, oitava série e nível médio), escritora e poetisa semi-profissional, ativista na internet e editora do Caderno R (http://www.cadernor.com.br) complemento do Jornal O Rebate on line (http://www.jornalorebate.com) .

1- Na sua opinião, como se deu a origem do homem na Terra? Como foi, para
você, que chegamos ao estágio atual?
Bem, existem duas tendências: uma baseada somente na crença que é a criacionista, adotada metaforicamente pelo Cristianismo na Bíblia; e a evolução das espécies vindas de macacos e quase homens primatas. Vi a Guerra do Fogo, um filme francês, se não me engano, que aborda justamente uma dessas teses.
Acredito que estejamos mais perto dela do que a da metafórica, mesmo católica que sou, do que a criacionista, de que fomos criados em sete dias e que Adão de uma costela fez com que Deus criasse Eva. Na minha opinião, essa teoria é muito lendária para meu conhecimento científico que não se fere nem um pouco de vir a pensar na possibilidade de ter vindo do macaco. Afinal, por que não?

2 - Em que você se baseou para ter essa visão? Que tipo de influência?
Fui criada em uma família rigidamente católica, porém sou cética em alguns pontos. Ainda por cima, minha formação foi toda a base de questionamentos e meu temperamento já é questionador por natureza. Isso além do fato de eu ser química e ler muito, discutir e ter uma formação e amizades no meio acadêmico de químicos que gostam de discutir filosofia, formação do Universo.
Lemos na Universidade muitos livros, na área de licenciatura, pelo menos na UERJ que discutem, a exemplo do modismo agora dos livros, palestras e entrevistas, além de um quadro no Fantástico, o Marcelo Gleiser foi estudado, quer dizer, lemos títulos como “A Dança do Universo”, via constantemente Globo Ciência, em que tinham quadros dele e uma série com comentários para adolescentes, no Canal Futura, dirigida pela revista Ciência Hoje. Com tudo isso, acabo tendendo para o lado de modelos e teorias que são mais científicas do que místicas ou religiosas.

3- Qual a sua opinião sobre as concepções religiosas da origem do homem,
isto é, as concepções sobrenaturais sobre como surgimos?
Acredito que sejam metafóricas, como disse. A linguagem da época em que foi escrita a Bíblia, em que foram presenciados fatos, épocas em que não existia ainda a escrita em que as histórias eram repassadas boca a boca e de geração para geração. Época em que além da linguagem, vocabulário, língua, etc. diferentes (o que causa interpretações e traduções conveniente a cada povo, religião e tudo mais), há a cada repasse a colocação de um ponto de vista diferente. Vide no novo testamento existirem evangelhos sob o olhar de vários discípulos e santos, e por aí vai, ou seja: “quem conta um conto, aumenta um ponto”.

4- A Ciência ainda não explicou tudo e novas teorias podem surgir com o
tempo e os avanços científicos, ou então velhas teorias podem ser reformuladas.
Para você, o que é fundamental para o entendimento da nossa origem e que
a Ciência ainda não explicou? Você acha que há falhas nas visões da origem
e da evolução humana? Quais seriam essas falhas?
Bem, como já foi abordado nas próprias provocações e problematizações da questão acima, tratam-se de teorias, linhas de estudos, bem como, por exemplo, vários modelos do átomo, que se evoluiu caindo um modelo atrás do outro com o aperfeiçoamento dos estudos de cada um dos atomistas (no caso dos evolucionistas, até hoje buscando falhas e investigando), acho normal que ao virem a ocasionalmente ou não acharem suas teses, apresentarem à comunidade científica, por ela discuti-las e assim a disseminarem e credibilizarem. A ciência só é ciência quando se pode fazê-la evoluir algum conceito, modelo, teoria, e quando ela é disseminada, não só para comunidade especificamente científica, mas para a comunidade leiga como um todo, em geral. O que ocorre é que a pior falta de evolução está dentro da própria ciência que está reservada e resumidamente constituída por vaidosos que disputam o tempo inteiro, números de publicações e pós-graduações, meritocraticamente encrementando seus currículos e títulos. Esse é o pior estacionamento da evolução da ciência em volta dos estudos de não só esse assunto, mas todo assunto dentro dela criado e desenvolvido. Uma pena, com tantos potenciais mundiais e até nacionais. Mas é assim, desde que o mundo é mundo, se não fosse a ambição, não se teria evoluído também até onde estamos, de alguma forma, em algum grau. Essa ambição é saudável, mas não como estamos a vendo pelo meio acadêmico afora.

5 - Como você acha que, hoje em dia, se dá a relação do homem com a natureza?
É uma relação justa? O homem explora demais? Ou ele pega apenas o necessário?
É uma relação perigosa de alguma forma?
É distante, exploratória e injusta. É por isso que ela hoje está a responder ao que muito provocamos. Geramos um impacto que o nosso Meio Ambiente não consegue responder pela explosão demográfica e avanços urbano-industriais. Mas o pior disso tudo é que a Natureza tem como responder a isso, e daí começam a ter cataclismos, furacões, desastres ecológicos e ambientais, pela irresponsabilidade irrestrita da ambição do homem em explorar sem se preocupar com sua posteridade, ou o futuro do Planeta. Questões como a falta de água, efeito estufa, achatamento (e até o buraco mesmo) da camada de ozônio, e as prevenções e ações como assinatura do Protocolo de Kyoto, em que se fazem alguns acordos diplomáticos e ONGs atuam em educação ambiental, hoje ainda são tardias, pois os problemas são muito antigos, e só foram começar a perceber, quando nosso planeta não conseguia mais por si só em seus ciclos poder repor seus recursos pelo homem explorados. O perigo dessa relação é num futuro, hoje mais próximo do que ontem, alguns fatos ocorrerem, tal como a falta de água, sua escassez quase que completa.

6 - Se você acha que o homem explora demais, se ele pega mais do que o necessário, o que pode ser feito para reverter a situação? Ainda é tempo de mudar as coisas?
Não sei se ainda há tempo, mas é tempo de consciência e mudança, URGENTE, para que a situação não piore mais do que hoje já está. Ou seja, há de se fazer algo. E as únicas formas com que eu acho que devemos transpassar as várias correntes das diversas maneiras de mobilizar o homem para atentar para essa questão é a educação e a informação.
Existe muito marketing em torno de ONGs e empresas que se dedicam ao terceiro setor, desenvolvimento sustentável e responsabilidade sócio-ambiental, porém se forçarmos a barra pressionando as classes predominantemente detentoras dos recursos que pouco se conseguem captar para projetos verdadeiros dentro desse tema, poderemos realmente conseguir dar passos mais largos dos que hoje estamos dando.

7 - Você acha que toda a questão da relação homem/natureza atualmente ultrapassa o âmbito puramente ecológico, científico, virando uma questão moral e cultural?
Moral e cultural, não só, mas sócio-ambiental, econômico-político, esse tipo de questão envolve muito mais castas e áreas do que podemos imaginar. Ética, cidadania, educação, artes, cinema, teatro, tv, empresas, governo, todos esses setores têm obrigação moral – aí, sim – de se envolverem para formar opinião, debater, abalar sistemas cristalizados para retomar e desatolar o mundo do que estamos caminhando se seguirmos dessa maneira que ainda, mesmo com todas as melhoras, estamos seguindo a explorar, maltratar, poluir.

8 - Você acha que hoje o papel do homem para/com a natureza, a nível individual, é suficiente? Você acha que adianta cada um fazer a sua pequena parte, mesmo em um mundo em que vivemos ouvindo discursos do tipo “ninguém faz mesmo, não faz sentido fazer também”, em que falta entusiasmo e vontade?
Não só fazer seu dever de casa, sua própria parte, tal como também vir a disseminar e ser agente proliferador de tais ideais, de suas ações. Fazer mesmo pelo outro, começar do nada e de coisa nenhuma para poder agitar sua casa, seu bairro, sua comunidade, partindo como eu que com um amigo, estou debatendo sempre, e por isso ele veio com a maior naturalidade pedir a mim esse tipo de entrevista que muito me honrou e ainda me deixo à disposição para quaisquer esclarecimentos e explanações.

2a entrevista

Nome: Maria Siqueira
Idade: 62 anos
Sexo: Feminino
Religião: Católica
Profissão: Funcionária de Hotel (passadeira)

1- Na sua opinião, como se deu a origem do homem na Terra?
Deus é o nosso criador. Deus criou o mundo em seis dias. Na Bíblia diz: “Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, e o santificou”. Êxodo 20:11
Deus fez Adão do barro, depois botou ele para dormir um sono muito pesado e tirou uma das costelas dele, aí dessa costela ele fez a Eva. E foi daí que começou tudo.

2- O que você teve como base para acreditar em tal teoria? Quais influências?
Eu aprendi na Bíblia, na Igreja.

3- Se um membro da Igreja que você freqüenta apresentasse uma nova teoria para a origem do homem, você mudaria sua opinião também?
Mas isso aí não é teoria não. A Bíblia diz, e isso é o que aconteceu mesmo, não é inventado não. Deus criou o mundo com a sua palavra mesmo. No Salmo 33:6, 9 diz “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo sopro da sua boca. Ele ajunta as águas do mar como num montão; põe em tesouros os abismos. Tema ao Senhor a terra toda; temam-no todos os moradores do mundo. Pois ele falou, e tudo se fez; ele mandou, e logo tudo apareceu.”

4- O que você acha das teorias que explicam a origem de forma científica?
Eu não acredito que a gente nasceu de outra forma. Me ensinaram assim.

5- Na sua opinião, como você acha que é, hoje em dia, a relação entre o homem e a natureza? Justa? É uma troca? O homem explora demais ou pega apenas o necessário?
O homem explora demais. Deus fez tudo na medida certa pra gente, não é pra explorar as árvores nem os bichos como as pessoas fazem só para poder ganhar dinheiro. Deus dá para cada um o que ele merece, se ele não tem é porque ele não merece, não adianta explorar.

6- O que pode ser feito para reverter a situação? Você acha que ainda é tempo de modificar o atual contexto?
Eu acho que só Deus iluminando a cabeça dessas pessoas que exploram que a situação iria mudar. Isso só prejudica a gente. Temos que rezar muito por essa gente.

7- E você acha que essa questão ultrapassa a questão puramente ecológica, tornando-se uma questão moral e cultural?
Eu acho que é de educação também. As pessoas têm que aprender em casa a respeitar o que é dos outros, o que é de todo mundo. Se não aprender em casa, tem que aprender na Igreja, ou então na escola. Mas na escola nem todo mundo vai, e na Igreja qualquer um pode ir.

8- Você acha que hoje o papel do homem para/com a natureza, a nível individual, é suficiente? Acha que adianta cada um fazer a sua pequena parte, mesmo em um mundo em que vive-se ouvindo discursos do tipo “ninguém faz mesmo, não faz sentido fazer também”, mundo em que falta entusiasmo e vontade?
Eu acho que as pessoas deviam respeitar mais umas às outras, e deviam respeitar Deus e tudo o que ele fez para nós. Se cada um seguir os ensinamentos Dele e fizer sua parte, eu acho que as coisas podem melhorar.

3a entrevista

Nome: Agenor Gomes
Idade: 19 anos
Sexo: masculino
Religião: Católica
Profissão: estudante do 3o ano

1- Na sua opinião, como se deu a origem do homem na Terra?
Acredito na Teoria de Darwin.

2- O que você teve como base para acreditar em tal teoria? Quais influências?
Minha formação familiar e, secundariamente, a escolar.

3- A ciência encontra-se repleta de falhas, já que ainda há muitos mistérios a serem desvendados, e por isso ainda não pode explicar tudo. Qual a maior falha que você encontra na teoria em que acredita, o que ainda precisa de explicação?
Sinceramente, não conheço a fundo a teoria de Darwin para poder criticá-la. Seja porque nunca li uma obra completa sobre o tema, seja porque não sou profissional da área biológica. Presumo que ela seja bem mais completa do que o evolucionismo que nos ensinam na escola e que deve partir de algumas premissas falsas tidas como verdade pela ciência da época. O que não tem explicação ao meu ver é como se saiu do nada para alguma coisa que evoluiu, e é isso que me faz crer em algo maior (que você pode chamar de Deus).

4- Sendo católico, o que você acha das teorias que explicam a origem do homem de forma sobrenatural, como Adão e Eva, por exemplo?
Não vejo Adão e Eva como nada sobrenatural. Trata-se apenas de uso do sentido figurado que por vezes é mal interpretado. A própria igreja lê dessa forma, mas parece que para o acesso mais fácil às pessoas menos esclarecidas, por vezes a interpretação literal é aceita como correta. Isso porque acreditar em Adão e Eva é de mais fácil compreensão do que compreender e acreditar naquilo que o sentido figurado quer dizer.

5- E o que significa então Adão e Eva nesse sentido figurado?
A história é tão rica que eu nem me lembro os detalhes. É uma simbologia acerca das escolhas que o homem faz ao longo de sua evolução em comparação com os Dogmas religiosos. Sequer trata somente da origem do homem. É bem mais abrangente que isso. O que a igreja quer dizer é o seguinte: em um momento tudo tem que ter começado. Do nada surgiu algo, que evoluiu e evolui até hoje, e alguém tem que ter criado esse primeiro elemento que evoluiu. Daí em diante todo o resto acerca da criação é sentido figurado. Ou você acha que o papa, pessoa esclarecida que é, acredita que Deus fez a mulher de uma costela?

6- Na sua opinião, como você acha que é, hoje em dia, a relação entre o homem e a natureza? Justa? É uma troca? O homem explora demais ou pega apenas o necessário?
A pergunta é bem óbvia. O homem explora demais. Mas não se deve ignorar que hoje, os movimentos de utilização racional dos recursos naturais está crescendo muito, mas ainda é um movimento muito tímido para ser considerado satisfatório. O homem é parte da natureza, continente e conteúdo, e tal relação é a razão para essa preocupação, obviamente. Se o homem é parte da natureza, vai acabar se preocupando uma hora com ela. Só não temos como saber se a preocupação vai chegar a tempo.

7- O que pode ser feito para reverter a situação? Você acha que ainda é tempo de modificar o atual contexto?
Qualquer tentativa de recuperação passa pela integração mundial acerca do tema. De quase nada adiantará qualquer iniciativa se as grandes nações poluidoras não mudarem de postura. Os organismos internacionais precisam agir, mas não tem qualquer mecanismo em suas mãos para coagir os destinatários das normas a cumpri-las. Enquanto essa situação permanecer, nada se alterará, basta lembrar que os EUA se recusam a assinar qualquer tratado internacional que o obrigue a reduzir a poluição. Acho que tem que haver uma ação internacional, precisa-se criar organismos para fiscalizar com poder de impor penas para aqueles que não cumprirem o tratado, e acho que é impossível saber quais os danos já são irreversíveis. Isso só com o tempo.

8- E você acha que essa questão ultrapassa a questão puramente ecológica, tornando-se uma questão moral e cultural?
Acho que o problema tem vários aspectos. Avaliando as conseqüências que ele acarreta e pode acarretar, é um problema somente ecológico. É uma questão de saúde e sobrevivência. Mas a solução do problema passa necessariamente por questões culturais. Melhor dizendo, a solução tem que levar em conta aspectos culturais para que seja aceita por aqueles que têm que cumprir a norma, mas o problema em si é só ecológico mesmo. Pensando melhor, acho que o problema é cultural também, porque envolve o esgotamento de vários recursos que muitas vezes são indispensáveis às culturas de determinadas regiões, basta lembrar que a vaca é sagrada na Índia.

9- Você acha que hoje o papel do homem para/com a natureza, a nível individual, é suficiente? Acha que adianta cada um fazer a sua pequena parte, mesmo em um mundo em que vive-se ouvindo discursos do tipo “ninguém faz mesmo, não faz sentido fazer também”, mundo em que falta entusiasmo e vontade?
Não estou desprezando a força individual, mas acho que é um engano imaginar que a coleta seletiva feita em nossas casas resolve o problema do lixo, por exemplo. Os grandes poluidores são os responsáveis pela degradação. Mas acho que falta entusiasmo sim, não só para fazer a sua parte, o que obviamente é necessário, mas, sobretudo, para cobrar atitudes governamentais e prestigiar iniciativas das grandes organizações no sentido de não poluir e degradar o meio ambiente. O entusiasmo tem que ser mais do que preocupar-se em não destruir com suas próprias mãos: temos que incentivar os grandes movimentos de preservação, como por exemplo prestigiando os produtos ecologicamente corretos.


X – BIBLIOGRAFIA E PESQUISA
www.emedix.com.br/doec/ang004_1g_varizes.php
http://www2.uol.com.br/sciam/conteudo/materia/materia_4.html
http://www.ceticismoaberto.com/ciencia/dawkins_evfuture.htm
http://www2.uol.com.br/sciam/conteudo/materia/materia_14.html
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/6969/evol.html

http://scielo.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-82712004000000012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

http://www.escolavesper.com.br/evol/evo.htm

http://www.geocities.com/gilson_medufpr/afarensis.html

http://www.revista-temas.com/contacto/NewFiles/Contacto11.html
http://klepsidra.blogspot.com/2005_12_01_klepsidra_archive.html
http://antropologia1.blogspot.com/2005_01_01_antropologia1_archive.html

http://www.max.org.br/biblioteca/Revista/Caninde-03/Valva-DinizFilho.pdf

http://www.fpce.uc.pt/nucleos/niips/i_pub/val_pub/corpo.htm

http://www.genismo.com/memeticatexto20.htm
http://nautilus.fis.uc.pt/mocho/local//local/unfinished/antropologia/textos/origem_e_evolucao_da_linguagem.html
http://www.assis.unesp.br/~egalhard/humanev3.htm#TamCer
“Fundamentos da Biologia Moderna”, de José Mariano Amabis e Gilberto Rodrigues Martho, Ed. Moderna
“Biologia César e Sezar – Volume Único”, de César Da Silva Júnior e Sezar Sasson, Ed. Saraiva
“Biologia Hoje - Volume 3”, de Sergio Linhares e Fernando Gewandsznajder, Ed. Ática

12.10.06

Ainda não podem clonar a nossa essência


Clique na imagem...

Clonagem de seres existe
Não é de ovelhas,
Humanos que digo,
Querem clonar essências,
Coisa que nem a ciência consegue.

Transcende o papel ou uma certidão de paternidade
Um juiz vir a interpretar,
Não, almas não se clonam, não mesmo
Nem a vida de um ser que é completamente
E COMPLEXAMENTE diferente do outro!

Se sentirem-se clonados: DENUNCIEM, GRITEM, NÃO DEIXEM FAZÊ-LO DA SOMBRA DE SI MESMO.

9.10.06

Eu vou!



Souza Marques Portas Abertas, o maior evento institucional da FTESM está chegando. Na programação, palestras, exposição de trabalhos acadêmicos em pôster, exposições artísticas, atividades culturais, gincana de integração, dia do egresso, cadastro pra vagas de estágio e muito mais.

Esse evento é seu. Participe!

Sonho de Mendeleiev

Tanto será objeto do estudo de um trabalho acadêmico que será apresentado na forma de pôster na Semana Souza Marques (saiba mais...) quanto foi leitura do curso de uma das matérias que cursei na UERJ, em metodologia do ensino de química e isso tudo acabou gerando a publicação de mais uma resenha em Leia Livro.

Leia - http://www.leialivro.com.br/texto.php?uid=11750

2.10.06

COMENTEM AQUI, NO MINISCENTE, POR FAVOR!

Sábado, Setembro 30, 2006

»

Mini-Entrevistas - 32

e
O Miniscente está a publicar uma série de entrevistas acerca da blogosfera e dos seus impactos na vida específica dos próprios entrevistados. Hoje a convidada é Cris Passinato, editora do 'Caderno R' do jornal O Rebate (Brasil).
e
- O que é que lhe diz a palavra “blogosfera”?
Hoje, segundo alguns educadores, seguidores do mestre e autor de muitos livros, Edgar Morin, conhecemos alguns conceitos acima de tudo complexos, tais como o da noosfera ou atmosfera mórfica, onde muitos seres pensantes que unidos e em debate criam quando debatem sobre algum tipo de temática, ou se movimentam pra pensar e criar comutativamente e conjuntamente. Para mim, blogosfera me chama ao conceito de noosfera, só que localizado nesse nicho internauta que faz cada dia mais pessoas, de diversas esferas, países, culturas, religiões, mesmo assim de forma democrática e sem barramentos, muitas vezes vir a se expressar e para isso pensar em algum tema em si a ser publicado, a ser disseminado, ser multiplicado na forma de redes que uma unidade que fica lá longe acaba sabendo de outra do outro lado do planeta através de uma onda que chega através do nossa caixa postal. É de certo muitíssimo interessante esse efeito dominó e contagiante, que cria, que cresce e que faz muitas criações nascerem através dela - a Blogosfera é terreno amplo e fértil, graças a Deus!
- Seguiu algum acontecimento nacional ou internacional através de blogues?
Alguns e acredito que blogues sejam meios fortíssimos de comunicação e proliferação de informação.
Associei-me a filiações, ONG´s e tudo mais, através de banners e informações advindas desses blogues mais comprometidos com a qualidade da informação e disseminação do bem.
- Qual foi o maior impacto que os blogues tiveram na sua vida pessoal?
Ah! Sem dúvida nenhuma, no "Caderno R" que edito junto ao Jornal "O Rebate" on line, pois por falta de espaço, e nossa preocupação do tráfego do nosso site aumentar, encarecendo nossas despesas, até porque queríamos trabalhar de forma independente e sem anunciantes grandes e nem adotar uma política "suja" ou especulativa como os sites grandes de informação e provedores que aí se instauraram por toda net, adotamos a política de que cada colunista abrigaria a sua coluna em seus blogs. Administrados e padronizados por mim e pela webdesign e webmaster, assim dando uma qualidade muito maior aos nossos leitores de publicação. Comentários são permitidos e abertos, uma vez que moderados, impedindo abusos, spams, xingamentos ou algo que denuincie contra o nível de nossos leitores e escritores que ali confiam seus conteúdos. Se ao acaso quiserem conhecer nosso caderno, ele ganhará domínio próprio, mas por enquanto está no endereço: http://www.cadernor.jornalorebate.com .
- Acredita que a blogosfera é uma forma de expressão editorialmente livre?
Sim, sim... Acredito, até porque sou uma das editoras que adoto o blog, cúmplice da idealizadora Rose Nogueira, que junto comigo, pensou no formato do template mais leve e limpo que através dele expressasse a origem e o objetivo das colunas do Caderno R. Algumas editoras, Universidades, Jornais, Revistas já adotam blogues e são muito bem sucedidos e dinâmicos em suas publicações. Um sucesso esse tal de blogue e sua já blogosfera criada.
http://luiscarmelo.blogspot.com/2006_09_01_luiscarmelo_archive.html#115960779323980656 - Entrevista 32 - Blogosfera - Abram e comentem no blogger, por gentileza! (Blogue de Portugal sobre Blogosfera)
Cris Passinato
Editora Regional Jornal O Rebate
Responsável pela Organização do Caderno R
Cultura - Educação - Variedades
crispassinato@jornalorebate.com
cadernor@jornalorebate.com
http://www.cadernor.com.br
http://www.jornalorebate.com.br
(21) 9692-9493

1.10.06

Ensaio: Rio para Não Chorar - Boca de Urna






Segunda parte, leia abaixo os poemas-imagens, vejam e reflitam!!!!

Ensaio: Rio para Não Chorar - Boca de Urna




Encontrei com 2 atores do movimento, vestidos de preto, em luto e eles me deram o nariz de palhaço, pena ter estado sem uma câmera pra registrar isso e eu na fila e votando de nariz de palhaço...

Vitória - Primeiro Round

Estou com uma gde novidade: meus textos estão sendo registrados, os 2 confundidos com Charles Chaplin: Preciso de Alguém/Ei! Sorria! - já tem registro, eles renasceram ou melhor foram registrados 10 anos depois de paridos e suas certidões têm protocolo aqui comigo, :)
Meus amigos, o tempo, Deus e a VERDADE sempre estão do lado de quem trabalha, luta e ama o que faz.
Quem de fato mostra o que é, não teme, mesmo que leve mil anos, mas as pessoas olham pra gente e dizem: é seu, é vc, vc quem fez...
Não tem essa...
Aliás, amanhã, não anulem seus votos... Votem conscientes, saibam em cada um dos candidatos em quem vai votar, esse candidato sendo eleito por seu voto, uma vez vc sabendo a conduta dele, vc saberá e poderá cobrar dele isso, de alguma forma ou de outra, mesmo que seja não votando mais nele, como foi com o Lula, por exemplo no meu caso, que sempre fui eleitora PTista e hj não voto mais neles, e nem sequer no Lula.
Mas isso é o que eu penso, e vc?
Mas não deixe de registrar que vc pensa, que vc sab

Caderno R Jornal O Rebate convidou você para participar da comunidade 'Eu leio Cris Passinato, e daí?'.

Para ver a página da comunidade 'Eu leio Cris Passinato, e daí?', visite: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=7343952

Para ver o perfil de Caderno R Jornal O Rebate, visite: http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=14516032671060904902